O dólar operou em queda ante moedas rivais, apesar de ter reduzido parte das perdas após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) vir acima do esperado pelo mercado em novembro, mas voltando a aprofundar perdas com interpretações de que o dado não deverá mudar a trajetória de juros do Federal Reserve (Fed). A moeda ainda foi pressionada na esteira dos rendimentos dos Treasuries após leilão de títulos.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu 0,22%, aos 103,865 pontos. Ao fim da tarde, o dólar caia a 145,52 ienes, o euro subia a US$ 1,0796 e a libra tinha alta a US$ 1,2570.
Apesar de ter reduzido as perdas após uma leitura mais forte que o esperado do CPI dos EUA, o dólar perdeu ímpeto de recuperação com interpretações de que a inflação americana não deve alterar os planos do Federal Reserve (Fed).
A ferramenta do CME Group chegou a mostrar chance majoritária de corte de juros em março, mas logo voltou para maio, após a divulgação do dado. No fim da tarde, a possibilidade majoritária ainda era de início de corte de juros no segundo trimestre (74,6%). Entretanto, a Oxford Economics alerta que o núcleo de inflação ainda segue elevado e deve impedir a autoridade monetária de seguir a precificação do mercado por cortes de juros a partir do primeiro semestre de 2024.
A libra, por sua vez, chegou a cair após divulgação de dados do mercado de trabalho do Reino Unido, com alta aquém do esperado do crescimento dos salários, mas logo se recuperou. "Os mercados já precificaram a pausa do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) nesta quinta-feira e estão olhando para as próximas reuniões no primeiro trimestre. Dado que o relatório de hoje não nos dá qualquer indicação sobre o que os dirigentes irão fazer no início do próximo ano, os eles serão muito provavelmente ofuscados por outros eventos", destaca a Convera.
Entre dados da zona do euro hoje, o índice ZEW de expectativas da Alemanha avançou de 9,8 em novembro a 12,8 na leitura para dezembro, informou há pouco o próprio instituto. Analistas ouvidos pela FactSet previam recuo a 5,7.
Já entre emergentes, o dólar blue saltava 7%, a 1070 pesos argentinos, na expectativas do anuncio de medidas do novo governo da Argentina na economia.