O dólar não firmou sinal única ante moedas rivais hoje, mas se fortaleceu ante boa parte das emergentes, após uma bateria de dados de índice de gerentes de compras (PMIs) sugerir resiliência da economia na Europa e nos Estados Unidos, apesar do rápido aperto monetário.
Uma sensível melhora na atividade de serviços conduziu os PMIs de zona do euro, Reino Unido, Alemanha e EUA, conforme informado nesta manhã pela S&P Global. Nesse cenário, o índice DXY, que mede o dólar ante seis rivais fortes, teve variação marginal negativa de 0,02%, a 102,822 pontos, com ganho semanal de 0,11%.
Por volta das 17h, o euro subia a US$ 1,0989, enquanto a libra recuava a US$ 1,2442. Para a Capital Economics, a moeda americana deve se fortalecer nos próximos meses, uma vez que a economia forte na Europa reflete uma recuperação da crise energética, não fundamentos sólidos. "Mais importante ainda, o dólar tendeu a subir durante as recessões nos EUA, independentemente do desempenho econômico relativo entre os EUA e outras grandes economias", explica a consultoria.
O câmbio tem sido fortemente influenciado ainda pelas perspectivas de BCs desenvolvidos. Dirigente do BCE, Gabriel Makhlouf defendeu hoje que os juros terão que permanecer em níveis restritivos para controlar os preços. Já o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, ressaltou espera um arrefecimento do núcleo da inflação na zona do euro.
No horário citado acima, o dólar cedia a 134,11 ienes, em meio às expectativas para a decisão de juros do Banco do Japão (BoJ) na próxima semana. Com base em fontes, a agência <i>Reuters</i> noticiou hoje que o BC japonês deve manter sua política monetária relaxada.
Entre emergentes, o dólar avançava a 218,5279 pesos argentinos, no dia em que o presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou que não irá concorrer à reeleição no pleito presidencial de outubro deste ano.