Estadão

Moedas: dólar opera em alta ante rivais, ainda reagindo à Fed e fala de Powell

O solar operou em alta nesta quinta-feira, 15, ainda reagindo regia à decisão de aumento de 50 pontos-base (pb) por parte do Federal Reserve (Fed) ontem e à fala do presidente do BC americano, Jerome Powell. Hoje, tanto o Banco Central Europeu (BCE) quanto o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) fizeram suas novas decisões de juros, com alta de 50 pb cada. Ainda, dados dos EUA, como produção industrial, vendas no varejo e pedidos de auxílio-desemprego também auxiliaram os negócios desta sessão.

O índice DXY subiu 0,76%, aos 104,558 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 137,80 ienes, o euro recuava a US$ 1,0625 e a libra tinha baixa a US$ 1,2181.

Na visão da Convera, a promessa do Fed de seguir aumentando as taxas de juros foi positiva para a moeda americana, com o dólar acima das mínimas de 6 meses. A posição entra em consenso com a visão do Brown Brother Harriman, que destaca que os mercados ainda estão digerindo a decisão de ontem. "Continuamos acreditando que o cenário fundamental ainda é favorável ao dólar. A narrativa do Fed parece estar mudando nosso caminho e a decisão do FOMC de ontem é fundamental", destaca a Brown Brother Harriman.

Já o euro reagiu positivamente à alta de 50 pontos-base (pb) por parte do Banco Central Europeu (BCE) e à promessa da presidente da instituição, Christine Lagarde, de seguir aumentando as taxas ainda mais. Segundo mesma análise citada da Convera, o BCE está caminhando "sobre uma linha tênue de uma perspectiva de política", pois ainda prevê que a economia dos países da zona do euro poderão contrair no quarto trimestre e no primeiro trimestre. "O aumento hawkish da taxa do BCE ajudou os declínios da sessão do par do euro".

A libra, por sua vez, não ganhou fôlego após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), dividido, decidir aumentar as taxas de 3% a 3,50%. A Convera analisa que, "com os hawkish na minoria e os dovish no controle, a libra caiu, um declínio que ganhou força com a promessa não comprometedora do BoE sobre novos aumentos de taxas que podem ou não ser necessários devido ao estado enfraquecido da economia".

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