Estadão

Moedas: dólar opera em alta e encerra semana de ganhos

O dólar operou em alta nesta sexta-feira, 18, ante a maioria dos rivais, encerrando uma semana de ganhos para a moeda americana. Declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) nos últimos dias reforçaram o compromisso da autoridade em combater a inflação, o que deverá envolver novas altas de juros no processo de aperto monetário.

O índice DXY subiu 0,22%, aos 106,930 pontos, com avanço de 0,60% na semana. Ao fim da tarde, o dólar subia a 140,39 ienes, o euro recuava a US$ 1,0325 e a libra tinha baixa a US$ 1,1884.

O dólar teve ganho semanal, o primeiro em cinco semanas, no que a Convera afirma que foi graças às autoridades do Fed defendendo taxas de juros mais altas para conter a inflação. Embora ligeiramente mais alto, o dólar continuou a se recuperar pouco, resultado da moderação da inflação nos EUA em relação aos máximos de várias décadas, avalia.

Na zona do euro, o Banco Central Europeu (BCE) subirá mais os juros para garantir que o atual ambiente de preços altos na não alimente as expectativas de consumidores e crie um cenário de inflação persistente no futuro, disse hoje a presidente da autoridade monetária europeia, Christine Lagarde, em discurso no Congresso Bancário Europeu de Frankfurt. Ao fim do processo de aperto das condições financeiras, o BCE espera que a inflação fique em linha com sua meta de 2% no médio prazo, esclareceu.

No caso britânico, a libra chegou a ganhar impulso depois das vendas no varejo do Reino Unido subirem 0,6% entre setembro e outubro. De acordo com a Convera, o dado impulsionou a demanda pela moeda, mas a casa alerta que a inflação de dois dígitos ainda deve pesar sobre o consumo. Ainda hoje, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, deu boas-vindas à declaração de outono do país. A dirigente afirmou que o plano orçamentário atinge o "equilíbrio certo entre a responsabilidade fiscal e a proteção do crescimento e das famílias vulneráveis". Durante a crise no governo da ex-primeira-ministra Liz Truss, o FMI havia feito alertas sobre os riscos dos planos de orçamento para a economia, e disse monitorar a situação na altura.

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