Estadão

Moedas: dólar opera sem direção única, em compasso de espera por PIB e payroll dos EUA

O dólar opera sem direção única ante divisas rivais e emergentes, em compasso de espera por leitura do Produto Interno Bruto (PIB) e relatório de empregos dos Estados Unidos, após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reforçar postura dependente de dados no Simpósio Jackson Hole.

Por volta das 17h (de Brasília), o dólar subia a 146,49 ienes, o euro tinha alta a US$ 1,0820 e a libra avançava a US$ 1,2608. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em alta marginal de 0,02%, a 104,058 pontos.

Em dia de agenda esvaziada, o dólar ficou próximo a estabilidade durante boa parte do pregão, enquanto investidores digeriam comentários de Powell e outras autoridades feitos durante o simpósio Jackson Hole. Para o Danske Bank, o evento trouxe poucas novidades de política monetária, com Powell e a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ressaltando postura dependente de dados.

Na visão da Convera, isto torna os dados americanos desta semana responsáveis por definir expectativas para as próximas reuniões monetárias do Fed. A consultoria observa que, por exemplo, uma leitura forte do payroll poderia ampliar possibilidade de elevação dos juros em novembro, o que seria positivo para o dólar.

Analistas do Bank of America projetam que o cenário ainda é positivo para o dólar no curto prazo, considerando que a taxa terminal do Fed deverá ser maior do que antecipado previamente para controlar a inflação nos EUA. O banco projeta que isto deve implicar em desvalorização do euro a US$ 1,05 até o final de 2023.

Entre emergentes, o dólar blue subia a 738 pesos argentinos no mercado paralelo, segundo o jornal <i>Ámbito Financeiro</i>. Ontem, o ministro da Economia e candidato à presidência, Sérgio Massa, anunciou o novo pacote de medidas econômicas, incluindo a concessão de 400 bilhões de pesos em empréstimos, além de seis meses de redução de impostos para trabalhadores autônomos, com o Estado financiando suas dívidas em 50% para pequenas e médias empresas, ou 100% para micro empresas. No mercado oficial, o dólar avançava a 350,0965 pesos argentinos.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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