O dólar oscilou durante o dia não muito distante da estabilidade ante uma cesta de moedas fortes. A moeda americana caiu frente ao euro, com indicadores no radar, entre eles dados da Europa e também uma leitura do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, em linha com o previsto. O iene também esteve em foco, em baixa após o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manter juros e a postura dovish, além de ajustar sua política de controle da curva da taxa de retornos dos bônus locais. O peso argentino, por sua vez, caiu no câmbio oficial, mas subiu um pouco no mercado paralelo, após o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmar que há um acordo em nível técnico para revisar o plano de ajuda à Argentina.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 141,06 ienes, o euro avançava a US$ 1,1024 e a libra tinha alta a US$ 1,2858. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,15%, a 101,622 pontos, mas na comparação semanal subiu 0,56%.
O BoJ manteve mais cedo os juros, mas indicou que conduzirá com "maior flexibilidade" sua política de controle da curva (YCC, na sigla em inglês) dos juros dos bônus locais. O presidente da instituição, Kazuo Ueda, disse que a novidade não significa alteração na postura acomodatícia, e no câmbio a comunicação do BoJ pressionou o iene.
Já na Europa, dados estiveram em foco. O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha ficou estável no segundo trimestre ante o primeiro, quando analistas previam alta de 0,1%. Na França o avanço do PIB superou a expectativa, mas na Espanha ele ficou abaixo do esperado. Vários dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) também se pronunciaram. Ecoando a presidente Christine Lagarde, François Villeroy de Galhau enfatizou em mensagem hoje que o BCE será totalmente guiado pelos indicadores, em suas próximas decisões de juros.
Já nos EUA, a Casa Branca reafirmou expectativa de avanço de 0,4% no PIB do país em 2023, mas revisou em baixa a expectativa para 2024, de alta de 2,1% em março a 1,8%. Na agenda do dia, o PCE e seu núcleo subiram 0,2% em junho ante maio, ambos em linha com o esperado. Os gastos com consumo superaram a previsão em junho, enquanto a renda pessoal frustrou analistas.
Entre moedas emergentes, o dólar avançava a 273,6837 pesos argentinos, no horário citado. No mercado paralelo, o chamado dólar blue recuava a 551 pesos no fim da tarde, segundo o jornal local <i>Ámbito Financiero</i>. O FMI confirmou acordo em nível técnico com Buenos Aires, impondo condições, e a iniciativa agora precisará do aval do comando do Fundo, com ajustes na ajuda ao país diante de problemas como uma seca que pesa na economia local.