O dólar oscilou perto da estabilidade ante outras moedas principais em geral, como o euro, mas com a libra em alta. Investidores e analistas avaliavam indicadores dos dois lados do Atlântico e também a ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE), bem como declarações de dirigentes dos principais bancos centrais.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 150,54 ienes, o euro caía a US$ 1,0821 e a libra tinha alta a US$ 1,2661. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,05%, a 103,957 pontos.
Na Europa, a libra se valorizou no dia, com perda de fôlego apenas pontual após números do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Reino Unido. O PMI composto do país subiu a 53,3 em fevereiro, acima da previsão dos analistas ouvidos pela <i>FactSet</i>, de 52,9. Na avaliação do ING, os números do PMI sugerem fim da recessão técnica no Reino Unido, que deve crescer no primeiro trimestre deste ano.
Na zona do euro, o PMI composto da região subiu de 47,9 em janeiro a 48,9 na preliminar de fevereiro, apoiado pelo setor de serviços. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da região desacelerou a um alta de 2,8% em janeiro, na comparação anual, segundo revisão divulgada hoje. Na política monetária, a ata do BCE apontou que havia amplo consenso entre os dirigentes de que era cedo para discutir a possibilidade de corte de juros, na reunião de 24 e 25 de janeiro, quando as taxas foram mantidas pela terceira vez seguida. O comando do BCE acredita que o risco de cortar os juros "cedo demais" é maior do que o de reduzi-los "tarde demais". Em meio às notícias, o euro oscilou bem perto da estabilidade.
Nos EUA, o PMI composto recuou a 51,4 na preliminar de fevereiro, perto da projeção de 51,5 dos analistas. O dólar teve perda de fôlego depois do indicador, mas retomou algum fôlego com as vendas de moradias usadas do país, que subiram 3,1% em janeiro ante dezembro, com resultado melhor que o previsto pelos analistas.
Já entre dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Patrick Harker (Filadélfia) disse que um corte de juros estava perto, mas acrescentou que não seria possível especificar quando ele ocorreria. O vice do Fed, Philip Jefferson, disse que, caso a economia siga como esperado, pode haver afrouxamento monetário ainda neste ano.