O dólar reverteu perdas de mais cedo e se fortaleceu ao final da tarde na comparação com rivais, após o Federal Reserve (Fed) manter juros, mas deixar a porta aberta para possível novo aperto à frente. O movimento amplificou a pressão sobre libra, que já havia batido mínimas em quatro meses ante a moeda americana após a inesperada desaceleração da inflação no Reino Unido.
Por volta das 17h (de Brasília), o índice DXY, que mede a divisa dos EUA ante seis rivais fortes, avançava 0,20%, a 105,367 pontos, com euro em baixa a US$ 1,0663.
"O presidente Jerome Powell e o Fed enviaram uma mensagem inequivocamente hawkish de juros altos por mais tempo na reunião de hoje do FOMC", resume o Citi, em referência ao Comitê Federal de Mercado Aberto.
Como esperado, o Fed manteve suas taxa de juros inalteradas entre 5,25% e 5,50%.No entanto, o gráfico de pontos indicou que 12 esperam uma alta de 25 pontos-base ainda neste ano. "A economia americana está forte demais e esse ritmo de ciclo de altas de taxas durará bem mais do que Wall Street gostaria", comentou o analista da Oanda Edward Moya.
Assim, o dólar subia a 148,15 ienes, enquanto a libra recuava a US$ 1,2345. A moeda britânica já vinha pressionada desde a divulgação do dado de inflação ao consumidor (CPI), que desacelerou e ampliou a possibilidade de o Banco da Inglaterra (BoE) optar por manter juros na reunião de amanhã. No geral, analistas ainda esperam um novo aumento, mas a decisão pode ser divida.
"Com a desaceleração da atividade econômica do Reino Unido, o arrefecimento da inflação e as expectativas de taxa do BoE significativamente reduzidas, a libra esterlina tem agora o pior desempenho das principais moedas quando analisada último mês", comentou a Convera em relatório.
Entre outras moedas, o dólar recuava a 7,2882 yuans nos negócios onshore, depois que o Banco do Povo da China (PBoC) manteve inalteradas as taxas de referências para empréstimos (LPR, na sigla em inglês) de 1 e 5 anos.