O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu hoje, em uma sessão marcada por impulso limitado, com menos liquidez às vésperas do feriado do Natal. O foco esteve na divulgação de uma rodada de dados da economia americana, que vieram mistos.
No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 132,85 ienes, o euro subia a US$ 1,0618 e a libra caía a US$ 1,2043. O DXY perdeu 0,11%, a 104,314 pontos.
O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed) – avançou 0,2% em novembro ante outubro, em linha com expectativa de analistas. Já a renda pessoal cresceu 0,4% no mesmo intervalo, superando o consenso, de aumento de 0,3%. Por outro lado, os gastos com consumo subiram 0,1% no período, abaixo das expectativas do mercado, de alta de 0,2%. As encomendas de bens duráveis, por sua vez, caíram acima do esperado, enquanto as vendas de moradias novas subiram acima da expectativa. Medido pela Universidade de Michigan, o sentimento do consumidor também veio mais do que o esperado, ao mesmo tempo em que as expectativas de inflação em 1 e 5 anos tiveram queda.
Para a Capital Economics, os números de renda pessoal, gastos com consumo e encomendas de bens duráveis em novembro mostram que a economia dos EUA se manteve bem no quarto trimestre de 2022, mas está perdendo impulso à medida que entra em 2023. Já a Convera acredita que alguns investidores estão apegados à esperança de que os bancos centrais suspendam os aumentos das taxas de juros no próximo ano e possivelmente cortem as taxas diante de uma desaceleração econômica e queda da inflação.
"Embora a inflação deva continuar caindo em 2023 e as recessões devam ocorrer em várias economias importantes, prever o mercado de câmbio no próximo ano requer uma visão do Fed e de outros grandes bancos centrais, a guerra na Ucrânia, China e investidores em geral. O dólar pode permanecer mais forte por mais tempo no primeiro semestre de 2023, mas a principal mensagem para 2023 é esperar menos tendências cambiais e, em vez disso, mais volatilidade", acrescenta a Convera.
*Com informações da Dow Jones Newswires