O índice DXY, que mede o dólar frente seis moedas rivais, caiu nesta quinta-feira. Operadores avaliam a tendência do Federal Reserve (Fed) como menos <i>hawkish</i>, além de acompanharem decisões de outros bancos centrais pelo mundo. A segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre dos Estados Unidos também esteve no radar.
No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,0727 e a libra, a US$ 1,2601, enquanto a divisa americana caía a 127,09 ienes. O índice DXY fechou em baixa de 0,22%, a 101,829 pontos.
De acordo com a revisão publicada hoje, o PIB americano contraiu 1,5% nos três primeiros meses de 2022, em termos anualizados. Apesar do recuo, a High Frequency Economics (HFE) avalia que a economia americana ainda deve crescer ao longo do ano e que, no atual cenário, o aperto monetário pelo Fed não deve sofrer grandes alterações.
Na análise da Western Union, uma perspectiva menos <i>hawkish</i> para a política do Fed deixaria o dólar mais vulnerável, uma vez que recentemente os mercados haviam antecipado altas de juros pela instituição. Por sua vez, o BBH diz continuar a ver as quedas recentes como correção ao rali vivido pelo dólar em um prazo maior. "Mas continuamos surpresos em quanto o dólar caiu do pico no início do mês", afirma a instituição.
Ainda sobre bancos centrais, a autoridade monetária na Turquia decidiu manter os juros básicos em 14% pela quinta vez seguida, apesar da inflação recorde no país. A moeda local perdeu forças ante a americana e, no horário citado, o dólar subia a 16,3605 liras turcas, de 16,3091 no fim da tarde de ontem.
Na Rússia, o BC cortou a taxa básica de juros de 14% para 11%, na terceira redução consecutiva. A lira turca perdeu ainda mais forças com comentários do ministro de Finanças do país, Anton Siluanov. Ele afirmou que a declaração de default da dívida por alguns credores não afeta a economia e garantiu que todos os detentores dos títulos soberanos receberão pagamentos devidos por meio de um instrumento a ser oferecido.