O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Mohammad Sanusi Barkindo, morreu na noite desta terça-feira, 5, em seu país natal, a Nigéria, aos 63 anos. O Twitter oficial da Opep divulgou a informação, que chamou de "profunda perda para toda a Família Opep, a indústria petrolífera e a comunidade internacional". A causa da morte ainda não foi publicada.
"Expressamos nossa tristeza e profunda gratidão pelos mais de 40 anos de serviço altruísta que Mohammad Sanusi Barkindo prestou à Opep", disse ainda a organização, concluindo que sua "dedicação e liderança inspirarão a Opep por muitos anos".
Barkindo estava prestes a deixar o cargo, que ocupou por seis anos. Nesta terça, o secretário foi recebido na capital da Nigéria, Abuja, pelo presidente do país, Muhammadu Buhari, ocasião na qual o chefe de Estado disse que Barkindo "foi um digno embaixador do país". "Estamos orgulhosos de suas conquistas antes e durante sua nomeação na Opep e do legado que você deixará para trás", disse Buhari, segundo comunicado emitido pela Opep.
Na ocasião, Barkindo também agradeceu a Buhari: "com seu conselho e orientação, parti para várias capitais ao redor do mundo para tentar convencê-los a entender a gravidade da situação e a necessidade de se unirem urgentemente à Opep". Além da covid-19 e da invasão da Ucrânia, o secretário teve como desafio os arranjos por um acordo entre Arábia Saudita e Rússia pela produção no âmbito da Opep e aliados (Opep+).
Segundo a <i>Bloomberg</i>, o sucessor, Haitham Al-Ghais, do Kuwait, já deve assumir o cargo no início do próximo mês.