O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve uma retração de 1,4% em janeiro de 2022 ante dezembro de 2021, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com janeiro de 2021, a atividade econômica teve expansão de 1,2% em janeiro de 2022.
Na passagem de dezembro para janeiro, a agropecuária encolheu 1,2%, a indústria teve ligeira alta de 0,1%, e os serviços encolheram 1,7%. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias teve retração de 1,3%, e o consumo do governo caiu 2,1%.
"O consumo das famílias e o consumo do governo representam 80% do PIB e foram bastante prejudicados inicialmente pela falta de vacinas e posteriormente pela falta de um programa de vacinação, como é bem ilustrado pelo fracasso dessa demanda durante a pandemia", apontou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
Ainda na comparação de janeiro ante dezembro, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) cresceu 1,1%. As exportações aumentaram 3,9%, e as importações subiram 11,5%.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 769,4 bilhões em janeiro de 2022, em valores correntes.
A taxa de investimento da economia foi de 18,8% no mês de janeiro de 2022.