O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,7% em outubro ante setembro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com outubro de 2020, a atividade econômica ficou estável (0,0%) em outubro de 2021.
"A economia brasileira continua estagnada com declínio em outubro comparado a setembro e paralisada em relação ao mesmo mês do ano passado. Há de se levar em conta que o mês de outubro do ano passado teve resultado negativo o que tornaria mais fácil crescer este ano", apontou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.
O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
A taxa do PIB acumulada em 12 meses manteve a tendência decrescente, encerrando outubro com alta de 4,2%, indicando que deve encerrar 2021 por volta deste patamar, previu Considera.
"O crescimento do ano será garantido pelo consumo das famílias e do governo", apontou o pesquisador do Ibre/FGV.
No trimestre móvel terminado em outubro, o PIB cresceu 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias aumentou 1,9%, impulsionado pelo crescimento do componente serviços.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) avançou 7,6%. As exportações cresceram 5,7%, e as importações aumentaram 20,9%.
Em termos monetários, o PIB alcançou aproximadamente R$ 7,163 trilhões de janeiro a outubro de 2021, em valores correntes.
A taxa de investimento da economia foi de 17,1% no mês de outubro de 2021.