Variedades

Montanas Trio traz novos ares para o funk nacional

Como dizia Tim Maia: “Quem não dança segura a criança”. Vem de Maringá (PR) uma nova lufada de frescor na música funk nacional, o docemente irresponsável Montanas Trio. Recém-nascido (tem pouco mais de um ano de existência), o trio é mais um da nova safra do rock nacional que não fica emulando Strokes ou Kings of Leon. Eles vão direto na fonte: Jimi Hendrix, James Brown (não é por acaso que uma de suas canções se chama James Joseph Brown Jr.) e Wilson Pickett.

Formado pelo guitarrista e vocalista Thiago Guglielmi, o baixista Guilherme Antunes e o baterista Digu Hang, o grupo só tem um EP com 5 músicas, batizado de A Primeira Vez, mas sua veia estradeira é de veterano: já andaram pelo Rio, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e até pelo Uruguai.

Thiago é o showman da banda. Toca a guitarra como se fosse uma guitarra de game, uma brincadeira de Guitar Hero. Mas tem a pegada certa, o seu destemor é a sua força. Estão fazendo o Brasil com sua levada, que já tem até um hit: o Funk Sou Eu, claramente descolado de uma costela de Tim Maia. Não pode haver nada menos concêntrico: “O funk sou eu/O funk é você/O funk vem de todo lugar/O funk vai fazer você dançar”. Como perseguem uma sonoridade clássica, têm menos necessidade de fazer papagaiada “estética”, o que os libera para a performance ao vivo, na qual são mais fortes.

A foto aí foi tirada nas imediações da piscina do host do festival Paraíso do Rock, no Norte do Paraná, onde o Montanas Trio tocou já como um local hero. O cabelão black power de Thiago é um show à parte, um visual Questlove embebido com a molecagem típica das terras dos pés-vermelhos, o Norte do Paraná.

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