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Morador do Centro compra carrinho para que cãozinho de quase 22 anos continue andando

Foto 1: Vinicius e o Pai, Edson David compram o carrinho para o Bebê / Foto 2: Vinicius com 3 anos de idade e Bebê com poucos meses de vida / Foto 3: Bebê, já com o carrinho, ao lado de Joaquim, neto de Edson David, quase 22 anos depois da imagem acima.

Quantos donos de cachorros podem falar que seu pet viveu durante 21 anos e oito meses? Edson David, de 72 anos, tinha 50 quando Bebê chegou à sua vida. Hoje, passadas mais de duas décadas, ele comprou um carrinho para que o amigo continue com o direito de caminhar.
Em 1999, o filho mais novo de Edson, Vinicius, com apenas três anos, pediu um cachorrinho ao pai. Então, de passagem entre as cidades de Atibaia e Bragança, o então vereador de Guarulhos – cadeira que ocupou por seis mandatos – viu um petshop vendendo animais. “Meu filho gostou e ficamos com ele. Tinha apenas um mês de idade e estava sujo, judiado”, conta David.
O tempo passou e Vinicius foi aprovado na Universidade Federal de São Carlos, trabalha, estuda e tem uma vida de adulto. Embora presente como pode na vida do cãozinho de estimação, coube a Edson – que já cuidava de um Dobermann e um Fox Paulistinha, os cuidados do cotidiano.
Já idoso, Bebê tem dificuldades naturais da idade e, uma delas, é ter forças para caminhar. “Paguei R$ 1.200 em um andador, feito por um especialista em cadeirinhas de cachorro, ali na Penha. É leve, feita de alumínio. O cara vende para 30 países”, explica.
Muitos donos, no lugar de Edson, pensariam que sacrificar seria uma possível forma de evitar o sofrimento do animal, mas Edson não gosta de pensar em sua partida. “A gente pega um amor por esses bichos como se fosse uma pessoa. Eu falo que estou preparado, mas senti saudade dele enquanto esteve cinco dias com meu filho. Ele só vai embora quando o coraçãozinho parar e, até lá, vai continuar comigo”, finaliza o dono.

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