Incomodado com os buracos na rua da cidade, o microempreendedor Sérgio Valdnei de Souza, de Analândia, interior de São Paulo, muniu-se de pincel e tinta e saiu demarcando as crateras com um círculo branco. A ação, incentivada por moradores, não agradou a prefeitura. Souza foi abordado por um funcionário da Secretaria Municipal de Administração e advertido para suspender a marcação.
Ele alegou que seu objetivo era sinalizar os buracos para evitar acidentes, principalmente com crianças em bicicletas. O servidor acionou a Polícia Militar. Os policiais fizeram um termo de dano ao patrimônio público. A abordagem foi parar nas redes sociais. A prefeitura informou que a pintura de ruas é disciplinada por lei e que o uso inadequado pode confundir motoristas. E que os serviços de tapa-buracos foram prejudicados pelas chuvas.
Em São Carlos, o vendedor Wlademir Luiz Ribeiro passou a pintar de branco os buracos nas ruas depois de cair da moto numa cratera e se machucar. A medida, segundo ele, visava a dar mais visibilidade às depressões e evitar novos acidentes. Até terça-feira, 19, ele tinha sinalizado mais de trinta buracos. A prefeitura informou que já iniciou um serviço de tapa-buracos no bairro.
Em Barra Bonita, o município foi condenado a pagar R$ 67,8 mil de indenização a uma adolescente grávida que foi atropelada por uma bicicleta quando caminhava numa rua sem calçada e sem iluminação. A decisão, da 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi publicada no último dia 15. A Justiça entendeu que o acidente decorreu da omissão da prefeitura de manter a infraestrutura urbana em condições adequadas. O município vai entrar com recurso.