Jacqueline Santiago, moradora do Mikail, procurou o GuarulhosWeb para denunciar o atendimento recebido na UBS Belvedere, localizada na Estrada Municipal, 475, no bairro Mikail II, em Guarulhos. Ela relata que esteve na unidade no último dia 11 de novembro de 2025 para receber uma aplicação de Noripurum, medicamento que, segundo prescrição médica, deve ser administrado duas vezes por semana.
Segundo Jacqueline, a demora e a falta de organização no local já são recorrentes. Na semana anterior, ela aguardou mais de duas horas para conseguir atendimento. Desta vez, no entanto, chegou por volta das 15h e, após esperar até 16h40, foi informada de que não poderia receber a medicação porque a equipe de enfermagem encerraria o expediente às 17h. “Até esse momento minha ficha sequer havia sido aberta na recepção”, contou.
Ela descreve um ambiente de desorganização, com falta de comunicação e servidores sobrecarregados. “A recepção estava confusa, e um rapaz gritava pedindo calma às pessoas, mas ele mesmo estava alterado”, disse. Ao tentar conversar com a gerente administrativa da unidade, identificada como Beatriz, Jacqueline afirma ter se sentido coagida. “A gerente tentou justificar dizendo que a funcionária que entrega a senha não sabe do fluxo de atendimento. Mas como assim? Eu explico o que vou fazer justamente para ser direcionada ao setor certo. Não há comunicação, nem pessoal qualificado, e faltam funcionários até para abrir as fichas.”
Segundo ela, a própria gerente explicou que apenas um dos quatro guichês funcionava como recepção e que os demais servidores estavam tentando ajudar na abertura de fichas, realizando dupla função. “Parece que estavam todos correndo para ir embora às 17h, despachando as pessoas de qualquer jeito. Foi negligência com a minha vida e com a minha saúde, uma falta de respeito.”
Jacqueline afirma que deixou a unidade sem receber o medicamento e criticou o que considera descuido com os usuários do serviço público. “Um bom atendimento vai muito além de ser público ou privado. É sobre profissionalismo e respeito com o ser humano”, concluiu.
O GWEB encaminhou questionamentos para a Prefeitura de Guarulhos, mas até o momento nenhuma resposta foi enviada.


