Moradores da comunidade São Rafael, no bairro de mesmo nome, receberam um novo prazo para deixarem o local. A notícia foi divulgada durante reunião com representantes da comunidade, Prefeitura, Câmara Municipal e a empresa responsável pela área, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP).
Já a Pefeitura informou que deve solicitar recursos do Governo do Estado para fornecer às famílias um auxílio aluguel. A Associação Ame São Rafael, representante dos moradores, deve entregar a listagem com os dados das famílias que serão retiradas para Secretaria de Assistência Social.
Segundo Gilson Santos, presidente da associação, o novo prazo é uma vitória para os moradores, já que possibilita o cadastramento do benefício, para que as famílias não sejam obrigadas a invadir novas áreas ou se abrigarem em locais impróprios.
Esta é a terceira fase da reintegração de uma área de risco sob torres de transmissão de energia elétrica às margens da Rodovia Fernão Dias e deve atingir cerca de 300 famílias.
A princípio, os moradores seriam retirados do local nesta quarta-feira (13), porém – após a reunião – a empresa se comprometeu a estender o prazo. Santos pediu 90 dias para que as famílias se organizassem e pudessem se cadastrar. Porém, a empresa não teria confirmado este prazo.
Na noite de segunda-feira (11) uma representante da Secretaria de Assistência Social esteve na comunidade para explicar aos moradores sobre o que ficou acordado na reunião e como funcionará o cadastramento. O vereador Edmilson Souza (PT) representou a Câmara Municipal na reunião com os representantes dos moradores.
Até o fechamento desta publicação, a prefeitura não se manifestou sobre o assunto.
Moradores retirados continuam sem auxílio
Os moradores retirados da área em duas etapas após pedido de reintegração de posse da empresa EDP Bandeirante continuam sem auxilio da prefeitura. Segundo Gilson Santos, muitos estão morando embaixo de viadutos e alguns invadiram outras áreas para se abrigar.
A comunidade São Rafael está em um projeto de revitalização da prefeitura financiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que teve início em 2007.
Segundo o site do PAC, o projeto estaria “em obras”. A prefeitura esclareceu que está fazendo ajustes solicitados pela Caixa Econômica Federal, após a aprovação da empresa deve ter início o processo de licitação e o início das obras.
A previsão é que sejam construídos dois prédios de 12 andares para realocar cerca de 360 famílias da comunidade pelo Programa Minha Casa, Minha Vida. Essas famílias já estavam cadastradas para receber o benefício.