Cidades

Moradores da Vila Galvão reclamam de ressarcimento por área de Terminal

Previsto para ser entregue até o final deste mês, o Terminal de Ônibus Metropolitano da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) é motivo de contestação dos moradores do bairro da Vila Galvão, em especial da rua Cristina. Eles questionam a forma de pagamento dos imóveis que estão na área de construção do equipamento.
 
De acordo com a aposentada Alice Lima, 63 anos, o Governo do Estado concretizou a compra dos imóveis, da via em destaque, em março de 2012, porém, segundo ela, os prazos estabelecidos para o pagamento destes não foram cumpridos pela Administração Estadual, representada neste ato pela EMTU.
 
"O valor da minha casa é de R$ 437 mil e a EMTU me pagou apenas R$ 337 mil. No entanto, não me deram prazo algum para o repasse da quantia que falta. Além disso, a casa em que eu estou morando agora, que fica na mesma rua, está sendo danificada por que sua estrutura não suporta o tráfego pesado de caminhões e muito menos os trabalhos realizados na obra", reclamou Alice.
 
Ela também revelou que a desapropriação da área em que está sendo construído o Terminal de Ônibus, foi realizada de forma truculenta, além de levar os pertences daqueles que não possuíam lugar para abrigo a um depósito na Capital, e que para sua devida retirada os moradores teriam de pagar taxa de mil reais pela ocupação do espaço.
 
"Eles foram literalmente colocados pra fora de suas próprias casas. Levaram as coisas daqueles moradores que não tinham pra onde ir para um depósito, em São Paulo, que para retirar seus pertences eles tinham de pagar mil reais, sob alegação de que o prazo para saída das casas era de 90 dias após a compra", explicou.
 
Já a também aposentada Leonina Ferreira, 78, mãe de Reginaldo Ferreira, proprietário de um dos imóveis adquiridos pelo Governo Estadual na rua Cristina, afirmou que está tendo dificuldades para receber os valores estabelecidos na compra. 
 
Leonina ressalta que o bem de seu filho estaria avaliado em R$ 700 mil e teve de repassar pelo valor de R$ 260 mil. "Nós morávamos nesta rua há 25 anos. Além do valor muito inferior daquele de mercado, não deram prazo algum para realizar o pagamento", declarou Leonina.
 
O GuarulhosWeb aguarda a posição da EMTU à respeito da reclamação dos moradores. 

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