Cidades

Moradores de condomínio no Água Chata reclamam de rodízio interno de água

Um impasse entre um condomínio no bairro Água Chata e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) tem causado transtornos aos moradores que passam diariamente por um rodízio interno de água, que chega a oito horas por dia. A administração do condomínio relata que laudos comprovam que a tubulação interna está regular, já a autarquia garante que a tubulação do condomínio não possui a largura necessária para encher a caixa d´água.
 
Esta não é a primeira vez que o GuarulhosWeb relata o problema. Em 2015 moradores de dois condomínios que haviam acabado de ser entregues, reclamavam que o corte no abastecimento chegava a cinco dias sem água. Na época já existia o rodízio interno. O Saae e a MRV Engenharia, construtora responsável pelos empreendimentos, enviaram técnicos para avaliar o problema, quando foi constatado pela autarquia e informado através de nota que “a rede de distribuição de água deveria ser de um diâmetro maior”.
 
Há um mês, moradores do Condomínio Santa Mônica voltaram a ter problemas com a falta de abastecimento. Segundo contam o Saae mandava caminhões-pipa desde março, porém interrompeu o serviço, o que provocou um novo rodízio interno que tem início às 9h e termina às 17h diariamente. 
 
O morador Otávio Rodrigues contou que é cobrador de ônibus, trabalha no período da tarde e madrugada e precisou mudar a rotina por conta do rodízio. “Estou acordando às 8h para arrumar a casa e fazer comida, mesmo almoçando somente as 11h30 da manhã. Eu tenho dois baldes pequenos que encho de água que uso para lavar a louça”. Otávio disse ainda, que antigamente não havia rodízio aos fins de semana e atualmente foi preciso implantar, atrapalhando ainda mais a rotina. “O pior de tudo é saber que os condomínios em volta todos têm água todos os dias e não tem rodízio”, indignou-se. 
 
A síndica do prédio, Meire Tania Máximo Ribeiro, contou que laudos realizados em maio deste ano comprovam que não há irregularidades internas, porém há oscilação no hidrômetro – aparelho com que mede o consumo de água nos imóveis. “Não adianta culpar o condomínio por algo que não é do condomínio. Se fosse problema de tubulação seria fácil resolver, chamaríamos a construtora. Porém o laudo comprova que o problema não é da tubulação e sim da rua”, argumentou a síndica. 
 
Na sexta-feira, 05/10, após denúncia do GuarulhosWeb, o condomínio teria registrado a maior vazão de água já registrada, conseguindo manter o nível do reservatório a ponto de suspender o rodízio por dois dias, segundo informou a síndica. 
 
A MRV esclareceu que “cumpriu todos os requisitos normativos e diretrizes solicitadas pela concessionária, incluindo melhorias específicas e exclusivas para região, permitindo que o condomínio tenha total capacidade de receber um fluxo normal de abastecimento de água”.
 
O Saae por sua vez informou que o “encanamento interno do condomínio Parque Santa Mônica foi subdimensionado ainda na administração anterior. A água que a autarquia fornece até a entrada do local chega em quantidade e pressão suficientes para atender toda a demanda dos moradores. A síndica do Santa Mônica já foi informada pelo Saae da necessidade de realizar adequações, após as quais o problema será solucionado”.
 

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