Cidades

Moradores do Recreio São Jorge reclamam de abandono na Palmira Rossi

Falta de asfalto causa lamaçal em dias chuvosos e nuvens de poeira em dias de sol

Toda chuva é a mesma coisa: as ruas do Recreio São Jorge se transformam em verdadeiros lamaçais e impedem o trânsito de carros, motos, ônibus e pedestres. Devido aos transtornos, a população prometeu queimar pneus na Avenida Palmira Rossi no sábado, dia de feira no bairro.

O problema enfrentado pelos moradores está nas ruas Felipe Marcondes Rubio, Benedito Miranda, nas travessas e vielas que cortam essas vias principais. "As peruas escolares não sobem as ruas em dias de chuva, obrigando as crianças a descerem pelo barro, correndo risco de caírem na lama", diz Antonio Rodrigues de Oliveira, morador da região.

Segundo moradores, a Proguaru esteve nas ruas do bairro jogando cascalho algumas vezes, mas a alternativa não tem apresentado solução. "O ruim é que a rua consta como asfaltada, mas além das peruas escolares, nem a condução sobe mais aqui, porque não dá", relata a dona de casa, Aline Patrícia da Silva.

A exigência da população é que a prefeitura faça valer os direitos dos moradores. "Nós pagamos IPTU em dia e compramos esses lotes onde estão nossas casas. Só queremos que a prefeitura faça a parte dela e que os políticos deixem de vir aqui só em época de eleição", diz a costureira Vera Lucia.

Concordando com a vizinha, o comerciante José Fernando da Silva diz que o município e a Bandeirante tem dado atenção somente a áreas irregulares na região. "Quem vive em local invadido tem asfalto e luz. Aqui só temos o barro e faltam os postes de iluminação. O prefeito tem de entender que nós pagamos pelo asfalto, não sai de graça", adverte Silva.

Os moradores dizem que o problema se estende, mesmo quando passa a época de chuva e o que sobra aos moradores é a forte poeira na qual se transforma a terra. "Tenho de lavar eu comércio constantemente, mais que o necessário, por causa do pó. Devido a isso, eu tive de parar com a venda de produtos perecíveis, porque a fiscalização vem aqui e me multa, por conta da sujeira que a poeira faz", diz Cosme Batista dos Santos.

A grande concentração de pó, lama e a falta de infraestrutura ainda trazem outros danos aos moradores: a saúde fica abalada. "As crianças sofrem com problemas respiratórios e aqui tem muito rato. A última vez que a prefeitura fez desratização aqui foi no primeiro mandato do Elói Pietá", ressaltou Oliveira, representante dos moradores da região.

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