Há quase um mês, as obras de drenagens da rua Murutu, no Jardim Silvestre, dificultam a passagem dos moradores. A presença do trator e a terra removida para instalação da tubulação estão causando alguns transtornos para as pessoas que precisam sair de casa de carro ou a pé.
Grávida de oito meses, a fiscal de caixa, Daniane Ribeiro Silva, 22 anos, precisou caminhar pela rua cheia de terra remexida, porque o carro do marido está há duas semanas fora da garagem. "Além da via estar intransitável, o buraco feito para o encanamento impossibilita a passagem do veículo".
Nesta quinta-feira de manhã, a porta de entrada da residência da dona de casa, Salete Macedo, 58 anos, quase não abria em consequência do monte de terra que estava amontoado desde cedo. "Está uma tristeza essa rua, ainda pedi para colocarem a terra do outro lado do buraco".
O sapateiro, Manoel Domingos Ferreira Santos, 57, reside na rua Murutu há 20 anos e diz que a situação da via já foi pior. "Antes do condomínio do Tenda começar a ser construído, existia apenas uma cerca que separava a rua do terreno cheio de mato. Agora pelo menos tem um muro para fazer a divisão, o que evita chegar mais lama na rua".
Para evitar que mais terra entrasse dentro da casa, Santos espalhava pedras na passagem do portão. Devido o ar seco e principalmente por causa da poeira vinda da rua de terra, a esposa do sapateiro, Sônia Maria Vicente, 51 anos, enfrenta problemas respiratórios. "Faz dias que estou com falta de ar e muita tosse", afirma Sônia.
De acordo com a Proguaru, diversas obras estão sendo realizadas no Jardim Silvestre. Além dos serviços de drenagens, também estão sendo feitas a colocação de guias e sarjetas. O próximo passo será a substituição do solo finalizando com a pavimentação da rua Murutu. A previsão para a conclusão de todo este pacote de obras será de cerca de três meses.