A novela que envolve a remoção da feira livre que funciona na avenida Humberto de Alencar Castelo Branco (Anel Viário) para funcionamento total do Corredor Metropolitano Guarulhos–São Paulo persiste e sem previsão para o seu término. O novo capítulo desse impasse aconteceu no início da manhã desta quinta-feira, quando os moradores da rua Cristóvão Colombo, para onde o comércio deveria estrear, não permitiram a instalação das barracas. Com isso as linhas de ônibus tiveram novamente o seu trajeto alterado.
“Ao chegar ao local (por volta das 4h da manhã) para montar as barracas, fomos surpreendidos com a reação dos moradores que impediram de acontecer a feira por colocarem seus carros na rua e soltarem os cachorros. Para não perder a mercadoria tivemos que ocupar novamente a avenida”, disse o presidente eleito do Sindicato dos Feirantes de Guarulhos, Valdir Kumeyoshi.
De acordo com Kumeyoshi, na chegada dos comerciantes ao novo local de instalação, fiscais da Prefeitura estiveram no local e pouco ou quase nada fizeram para que as atividades comerciais pudessem funcionar de forma normal na rua Cristóvão Colombo. O representante dos feirantes ressaltou que preferiram correr o risco de sofrer punições em detrimento às possíveis perdas que pudessem existir.
“Os fiscais estiveram aqui, mas não adiantou muita coisa. A única coisa que nos informaram foi sobre a possibilidade de aplicação de multa para aqueles que voltassem a ocupar a via antiga do comércio. Como não pudemos montar na rua definida, a única opção para não termos maiores prejuízos foi retornar ao Anel Viário. Não podemos ficar sem trabalhar”, explicou Kumeyoshi.
O sindicalista também revelou que protocolou na SDU (Secretaria de Desenvolvimento Urbano) sugestão dos feirantes para solucionar o impasse existente entre eles e o Governo Municipal. No entanto, ele revelou que por questões de infraestrutura a feira livre poderá acontecer em dois locais diferentes, porém, sem prazo determinado para a referida implantação.
“Já protocolamos uma sugestão para resolver esse problema. Sugerimos que a feira, por entender que ela é muito grande, uma parte dela seja deslocada para um espaço localizado na Vila Rio. Acredito que essa é a melhor solução para todos nesse momento”, encerrou.