Um grupo de 32 moradores do Jardim Fortaleza protestou nesta segunda-feira, às 8h, em frente ao Paço Municipal contra o novo sistema de transporte público da cidade. Após quase duas horas de manifestação, o prefeito Sebastião Almeida e o recém-empossado secretário de transportes e trânsito, Atílio André Pereira, receberam o grupo dentro do Paço.
Entre as reivindicações apresentadas ao prefeito estão: a cobertura do Terminal São João, redução do intervalo entre as linhas que circulam no bairro, o retorno de duas linhas antigas que ligavam o Jardim Fortaleza direto ao Centro e também de um ônibus circular que rodava internamente no bairro gratuitamente. "A população toda está angustiada com estas mudanças dos transportes. Não foi fácil a negociação, ficamos até às 9h40, quando o prefeito nos recebeu", disse o líder da manifestação, Antônio Gomes da Silva, 49.
Assim como afirmou na cerimônia de posse, Pereira acenou com mudanças e já admitiu a necessidade do retorno da linha 70, Jardim Fortaleza/Santa Clara, um via Soberana e outro via Estrada de Nazaré, o que deve acontecer já amanhã.
Já com relação à linha 85, que, segundo os moradores, passava por diversos pontos do bairro, Pereira afirmou que irá até o bairro hoje para comprovar que o trajeto com as linhas atuais está mais curto, independente da alimentação.
Com relação à situação do Terminal São João, Almeida afirmou que a situação é provisória até que o verdadeiro terminal seja concluído, no final do ano, garantiu. Por sua vez, Pereira culpou o sistema técnico pelos problemas e prometeu analisar todas as reivindicações dos moradores.
Já o ônibus gratuito que circulava somente dentro do bairro, e extinto com o início da operação do novo sistema, será analisado pois, segundo afirmou Pereira, houve relatos de vandalismo na linha. "Nos prometeram um posicionamento até quarta-feira", contou a manicure Ana Cristina Tardem, 38.
Os moradores também evidenciaram má conduta de motoristas dos micro-ônibus que operam nos bairros até os terminais. "Eles desrespeitam idosos, não param nos pontos. Eles nos prometeram punições aos mesmos", completa Ana.