Cidades

Moradores se sentem prejudicados por cargas e descargas em supermercado

População relata que problema se arrasta desde o ano 2000

A convivência entre moradores e o supermercado Barbosa, na rua Nova América da Colina, não está nada amigável. Os vizinhos reclamam do excesso de caminhões que estacionam na rua, muitas vezes em local proibido, para carga e descarga de produtos. "Não podemos andar na calçada porque os caminhões estão entregando os produtos", diz a técnica da Receita Federal, Sueli Aparecida Baldo Carneiro, de 50 anos.

Sueli conta que o problema se arrasta há 11 anos. "Fizemos várias reuniões com secretários da gestão passada. Desde então, melhorou muita coisa, mas a situação ainda está precária", relata. A moradora diz que um Processo Administrativo foi aberto no Fácil em 2003 e agentes da STT estiveram na rua, fotografaram e constataram as irregularidades. "Havia uma sinalização de poste aqui, mas foi arrancada", conta.

O vendedor Luiz Carlos Oliveira, 41, diz que os problemas vão além do trânsito. "O mercado joga restos de alimentos em uma caçamba que vaza e o lixo escorre junto com a água pela rua. Com isso, aumentou o número de ratos aqui", cirtica. "Os caminhões param em fila dupla, não dá para passar e os motoristas ainda são mal educados com quem mora aqui", continua.

Segundo Sueli, a má educação dos caminhoneiros não resume ao tratamento dispensado a quem vive nos arredores do mercado. "Como muitos chegam antes do horário do recebimento de cargas, eles acabam usando a praça como sanitário. Sem contar que não respeitam a lei do silêncio, pois já descarregaram produtos depois das 22h e também às 6h30", aponta.

Outros lados – A Vigilância Sanitária Municipal informou que "tem uma rotina de trabalho, que inclui vistorias frequentes, com o fim de proteger a saúde e a integridade da população, independente da natureza pública ou privada do estabelecimento".

Procurados para responderem às reclamações, representantes do supermercado Barbosa alegaram não poder atender as ligações da reportagem e a STT não enviou resposta até o fechamento desta edição.

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