Enquanto não há data prevista para as desapropriações, no Jardim Novo Portugal, área próxima ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, os moradores sobrevivem com ruas sem pavimentação, dificultando o acesso às vias, e com o esgoto a céu aberto, colocando em risco a saúde dos munícipes. "Vieram diversas vezes aqui, olharam nossas casas, preenchemos fichas, mas ninguém sabe de nada, ninguém faz nada", desabafou a moradora e doméstica Lindinalva Barbosa Lopes.
"Espero que olhem para nossas famílias ter um lar digno", disse o morador Inaldo Luís Rodrigues, que possui um filho com deficiência física.
A desapropriação para remoção de famílias foi datada, em 24 de junho de 2011, publicada no Diário Oficial da União do mesmo mês. De acordo com a prefeitura essas áreas são de responsabilidade do Governo Federal e da Infraero, e estão em curso perante a Justiça Federal de Guarulhos. E enquanto isso o Governo Municipal tem atuado junto ao Governo Federal para assegurar que todas as famílias tenham atendimento adequado: indenização justa segundo valores de mercado para os imóveis e atendimento as famílias que necessitarem através de programas específicos.
"Devem solucionar esse problema logo, pois enquanto aguardamos os problemas só aumentam e não podemos nem fazer melhorias em nossas residências, devido esse empasse", contou José Ferreira, morador da região há 40 anos. A prefeitura ressaltou que as casas atingidas pela desapropriação situam-se na margem do rio Baquirivú e em lugares onde não é possível oferecer infraestrutura urbana adequada. Ou seja, a desapropriação será uma oportunidade de oferecer a essas famílias soluções para uma habitação de qualidade.
Questionada a Coordenadoria de Assuntos Aeroportuários esclarece que a desapropriação não será feita para a construção de uma nova pista, mas para possibilitar a plena utilização da pista de taxiamento, prevista no projeto inicial, e que só agora está sendo concluída.