Dois dias antes do clássico com o Real Madrid, o atacante Álvaro Morata, do Atlético de Madrid, se posicionou a favor de medidas mais duras contra responsáveis por atos racistas no futebol espanhol. Diante de uma série de casos de racismo durante eventos esportivos no país, inclusive de torcedores do Atlético, o jogador espanhol defende que autores de ofensas desse tipo sejam impedidos de frequentar estádios de forma definitiva.
"As pessoas deveriam ser banidas por toda a vida logo na primeira vez que fizessem isso em um estádio", afirmou o atacante em entrevista à ESPN espanhola. "É inaceitável e inexplicável. Isso nunca deve ter lugar no futebol eu acho que é uma razão para expulsá-los. Precisamos levar a Premier League como exemplo. Se uma pessoa faz isso fora ou dentro de campo, não pode mais entrar em eventos esportivos. Deveria ser assim na Espanha", concluiu.
Com nova edição marcada para as 14h30 de Brasília deste sábado, no Santiago Bernabéu, o dérbi madrilenho tem sido marcado por ataques racistas de colchoneros contra o brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, que vem sofrendo insultos em diversos estádios do país europeu.
Antes do último encontro entre os rivais, pelas quartas de final da Copa do Rei, vencido pelo Real, um boneco vestido com a camisa de Vinicius Junior foi pendurado em uma ponte em Madri, enforcado por uma corda, abaixo de uma faixa com a frase: "Madrid odeia o Real", lema da torcida organizada Frente Atlético.
Em dérbi de setembro do ano passado, vencido por 2 a 1 pelo time merengue, torcedores do time rival entoaram cantos racistas direcionados ao atacante brasileiro. Durante a partida, disputada no Metropolitano, ele foi alvo de mais ofensas.
Os casos se acumularam nos últimos meses, e Vini Jr cobrou publicamente uma ação mais dura da LaLiga para punir os culpados. Desde então, a entidade tem realizado uma série de denúncias junto às autoridades responsáveis. Recentemente, conseguiram identificar um dos autores de insultos racistas contra o jogador. Segundo a LaLiga, o indivíduo, que não teve a identidade revelada, também é responsável por um ataque racista a Samuel Chukwueze, meio-campista nigeriano que atua no Villarreal.