A poeta norte-americana Mary Oliver, vencedora de um Prêmio Pulitzer, morreu na quinta-feira, 17, em sua casa de Hobe Sound, na Flórida, aos 83 anos, vítima de um linfoma, informou o seu agente literário, Bill Reichblum.
Oliver, autora de A Thousand Mornings e Blue Horses, nasceu em Cleveland, Ohio, em 1935, e estreou na literatura aos 20 anos, com o livro No Voyage and Other Poems.
Vencedora do Prêmio Pulitzer de Literatura em 1984, na categoria poesia, pelo livro American Primitive, recebeu em 1992 o National Book Award pela coletânea New and Selected Poems. White Pine, West Wind e a antologia Devotions também estão entre seus livros.
Autora de mais de 15 obras, Mary Oliver distinguiu-se pelo seu vínculo com a natureza, tomando por referência as “longas e inspiradoras caminhadas”, pela sua Ohio natal, e a obra de autores como Walt Whitman e Henry David Thoreau.
Vítima de abuso sexual e de negligência parental, na infância, a poesia ajudou-a a superar o trauma, como revelou numa entrevista a Mary Shriver, em 2011. Durante mais de 40 anos, Oliver viveu em Provincetown, Massachusetts, com a sua companheira, a fotógrafa e galerista Molly Malone Cook — ex-assistente do escritor Norman Mailer —, que morreu em 2005.
A edição original de Long Life Essays And Other Writings, de Oliver, publicada em março de 2005, reúne as duas autoras na foto da capa.
Pelo Twitter, Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata à Presidência dos EUA na eleição de 2016, declarou: “Obrigado, Mary Oliver, por dar tantas palavras para vivermos. Diga-me, o que você planeja fazer com sua única vida selvagem e preciosa?”.