Morreu no domingo, em Santos, o jornalista Francisco Sanches Mucille Filho. Ele tinha 75 anos. A causa da morte não foi divulgada. Sanches Filho trabalhou em vários veículos. entre eles o Diário Popular, do qual foi editor de Esportes nos anos 1980, e no Grupo Estado, onde contribuiu com centenas de reportagem para o Estadão, o Jornal da Tarde e a Agência Estado. Era correspondente na cidade de Santos.
Ele tinha faro apurado para as notícias, cultivava muitas fontes e não raro dava furos de reportagem. Chiquinho, como os amigos o chamavam, era uma referência em Santos Futebol Clube, que acompanhou durante décadas. Viu de perto os últimos momentos da carreira de Pelé na Vila Belmiro. A amizade com o Rei, aliás, se manteve mesmo depois de ele ter se aposentado dos gramados.
Participou da cobertura de times memoráveis do Santos, como aquele que foi campeão brasileiro em 2002 comandado pela dupla Diego e Robinho, e o que, entre outros títulos, conquistou a Copa Libertadores de 2011. Naquela equipe, destacavam-se Paulo Henrique Ganso e Neymar.
Aliás, Sanches acompanhou Neymar desde seu surgimento, ainda criança. E foi um dos primeiros a garantir que o Santos tinha uma pedra preciosa em suas mãos e que aquele menino iria se tornar um dos melhores jogadores do mundo. Também participou da cobertura de Copas do Mundo, entre elas as de 1986, no México, e de 2014, disputada no Brasil.
Sanches Filho deixa mulher, filhos e netos. O sepultamento será na manhã da terça-feira, em cerimônia reservada à família.