A mulher que foi beijada por um marinheiro em êxtase na Times Square, comemorando o fim da Segunda Guerra Mundial, morreu esta semana, aos 92 anos. O filho de Greta Zimmer Friedman disse que sua mãe morreu na última quinta-feira, em um hospital de Richmond, Virgínia (EUA), em decorrência de complicações da velhice.
Friedman era uma enfermeira de 21 anos quando, em 14 de agosto de 1945, os japoneses se renderam e deram fim à Segunda Guerra. Quando a notícia se espalhou em Nova York, as pessoas foram para as ruas. Foi quando George Mendonsa girou em torno dela e lhe deu um beijo. Os dois nunca se conheceram. Na verdade, Mendonsa estava comprometido com Rita Petry, que mais tarde se tornaria sua esposa.
A foto, feita por Alfred Eisenstaedt, é chamada “V-J Day in Times Square”, mas é mais conhecida simplesmente como “The Kiss”. A foto foi publicada pela primeira vez na revista Life, enterrada em uma de suas páginas. Ao longo dos anos, a foto ganhou reconhecimento e várias pessoas alegaram ser o casal. Em uma edição de agosto de 1980 da Life, 11 homens e três mulheres disseram estar na foto. Passaram-se anos até que Mendonsa e Friedman fossem confirmados como sendo o casal.
Joshua Friedman disse que sua mãe se lembrava de tudo que aconteceu naquele momento. “Não foi todo aquele beijo”, disse Friedman, em uma entrevista. “Era apenas alguém comemorando. Não foi um evento romântico.”
A fotografia tornou-se uma das mais famosas fotografias do século XX.
Os pais de Friedman morreram no Holocausto, de acordo com Lawrence
Verria, co-autora de “O Marinheiro beijoqueiro: o mistério atrás da foto que
terminou a Segunda Guerra Mundial”.
Friedman, que escapou da Áustria, chegou aos EUA quando tinha 15 anos. Ela será enterrada no Cemitério Nacional de Arlington, ao lado de seu falecido marido, Misha Friedman.
Fonte: Associated Press