Morreu nesta sexta-feira, 1º, a designer de interiores e estilista Iris Apfel, considerada um dos maiores ícones da moda do mundo, aos 102 anos. A informação foi confirmada pelo perfil oficial de Iris no Instagram, que conta com mais de 3 milhões de seguidores. A causa da morte não foi divulgada.
Conhecida por seus óculos redondos, batom vermelho e estilo maximalista de se vestir, a estilista misturava roupas assinadas por grifes, peças coloridas e diversas regiões, além de acessórios de brechó. Repetia que "vestir-se de acordo com sua idade é uma grande idiotice".
Iris se tornou um ícone aos 84 anos, em 2005, quando estrelou uma exposição no Metropolitan Museum of Art, em Nova York. À época, uma mostra havia sido cancelada no museu, dando espaço a Rara Avis: <i>Selections from the Iris Apfel Collection</i>, com a coleção de joias da designer. A exposição logo se tornou um sucesso de público.
A estilista iniciou a carreira ao lado do marido, Carl Apfel – morto em 2015, aos 100 anos. Os dois viajavam o mundo em busca de objetos exóticos para decorar a casa de clientes poderosos. Ela ainda foi responsável pela decoração da Casa Branca durante o mandato de nove presidentes, de Truman a Kennedy e de Johnson a Clinton.
Iris já ganhou diversas homenagens durante a vida. Em 2015, a história da estilista foi retratada em um documentário dirigido por Ari Seth Cohen na Netflix. Na ocasião, ela declarou ser uma das primeiras a usar calças jeans, em 1940. Em 2016, a designer inspirou uma coleção de bonecas Barbie.
Ela também foi inspiração para a peça Através da Iris, estrelada pela atriz Nathalia Timberg em 2019, em São Paulo. À época, chegou a agradecer: "É realmente algo para ver, sua vida interpretada e representada. Obrigada à equipe do Brasil que trabalhou tanto para unir tudo isso".