Ele queria fazer da geometria algo romântico, retirando dela o caráter mecânico que acompanha o rigor dessa arte. Morto aos 89 anos, no dia 19, de causa não revelada pelo filho Adam, o pintor norte-americano Richard Anuszkiewicz, filho de poloneses, começou a estudar arte no Cleveland Institute of Art (1948-1953), tendo posteriormente sido aluno do alemão Josef Albers na Yale University School of Art and Architecture, onde fez o mestrado. Ele foi um dos expoentes do movimento que ficou conhecido como Op Art, popular entre os anos 1960 e 1970, primeiro com Vasarely na França e Bridget Riley na Inglaterra.
Definido em 1964 pela revista Life como o correspondente americano dos dois, Anuszkiewicz participou de várias bienais internacionais (Veneza) e mostras como a Documenta de Kassel com obras que remetiam diretamente à mais conhecida série de seu mestre Albers, Homenagem ao Quadrado. O pintor desenvolveu um conceito ainda mais sofisticado do que a expansão cromática pesquisada pelo professor Albers descobriu que o verde é a cor mais expansiva. A natureza experimental de sua pintura levou o artista a pesquisar os efeitos de cores complementares quando justapostas, explorando a dinâmica dessa justaposição com inteligência e sensibilidade.
Parece evidente que as lições de seu tutor sobre a Bauhaus, Paul Klee e Cézanne foram fundamentais para o desenvolvimento da carreira de Anuszkiewicz, que, em 1959, após uma individual em Nova York, teve uma obra adquirida pelo Museu de Arte Moderna de Nova York, marco zero de sua ascensão entre os colecionadores particulares. Nos anos 1960, o MoMA realizou exposições de suas pinturas, que estiveram presentes em mostras coletivas históricas, como a maior exposição dedicada à op art, The Responsive Eye, em 1965. Seus derradeiros trabalhos foram dedicados a Mondrian, já no começo do século 21.