Uma criança de 4 anos morreu nesta quarta-feira em Guarulhos e amigos e conhecidos suspeitam que ele tenha sido contaminado por metais pesados presentes no solo de um terreno ao lado da escola onde estudava na Vila Flora.
A criança estudava na Escola Municipal EPG José Jorge Pereira, que atende crianças entre 7 meses e 9 anos. Ela teria saído da escola com saúde e disposta, após uma festa de páscoa. Ao chegar em casa começou a se sentir mal e acabou hospitalizada.
Segundo pais de alunos, algumas atividades da escola foram canceladas depois da confirmação contaminação do solo. Além disso, funcionários acreditam que estado de saúde e abortos ocorridos com professoras da escola tenham sido causados pela contaminação.
Em 2013 após confirmação de contaminação pela CETESB, algumas famílias foram removidas e levadas para o Conjunto Residencial Vila Pimentas 1. Segundo a Prefeitura de Guarulhos, o processo de retirada das famílias continua.
A Prefeitura informou que, para melhor compreender o que acontece, a área em questão precisa ser dividida em duas. De um lado está o terreno contaminado por ação de uma empresa, conforme atesta laudo da Cetesb. Do outro, a área onde está instalada a Escola Municipal José Jorge Pereira, inaugurada em 2005. A área da escola está em permanente monitoramento pela empresa ERL – Environmental Resources Management (ERM), credenciada pela Cetesb. De acordo com a ERL, "não há indicação de risco para inalação de vapores" por parte dos alunos e funcionários na área da escola.
Porém a Prefeitura alerta que apesar de não haver risco para alunos e funcionários no interior da escola, por precaução, a Prefeitura vai transferir todas as crianças da Escola Municipal José Jorge Pereira que atende 290 crianças, para uma unidade que está em construção, na mesma região, no bairro Itapegica. A Prefeitura ainda disse que a obra de construção dessa nova unidade foi paralisada momentaneamente por questões contratuais com a vencedora da licitação, mas o processo de contratação de uma nova empreiteira está adiantado e em breve as obras serão retomadas.
Enquanto essa mudança não acontece – e por estar atestado pela Cetesb que não há risco iminente na área onde a escola está instalada –, as aulas ocorrem normalmente.
Por fim a Prefeitura esclareceu que a empresa responsável pela contaminação do solo se comprometeu a fazer a recuperação ambiental da área.
A Secretaria de Saúde confirmou a morte da criança, mas apenas o laudo do IML poderá comprovar a causa da morte.
