A morte de um menino de 12 anos, no Jardim Presidente Dutra, causou pânico entre pais e responsáveis por alunos da Escola Estadual Padre Bruno Ricco, onde Deivid Santos estudava. Um grupo realizou um protesto em frente à escola, na manhã desta segunda-feira, 27/8. Eles pediam a limpeza do prédio e foram atendidos por uma equipe da Vigilância Sanitária para orientações e esclarecimento de dúvidas dos pais e da direção da unidade escolar.
Segundo a Prefeitura de Guarulhos, não há surto de meningite no município, “o que somente se caracteriza quando há pelo menos dois casos confirmados da mesma doença, no mesmo período e na mesma localidade”. Este é o primeiro caso suspeito nessa região do Presidente Dutra. Desde janeiro deste ano, foram confirmados seis casos na cidade, com três óbitos, além deste que está sob investigação.
Deivid morreu na última quarta-feira, 22/8, após dar entrada na madrugada no serviço de pronto-atendimento Maria Dirce, onde, segundo a Secretaria de Saúde, foi prontamente atendido, colheu exames e foi transferido às 9h15 para o Hospital Geral de Guarulhos com suspeita de meningite. No HGG ele entrou morreu, às 11h30.
A Prefeitura esclareceu ainda que “o caso está sob investigação, uma vez que a causa da morte somente poderá ser confirmada após a conclusão dos exames coletados pelo Serviço de Verificação de Óbitos e encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz, na Capital”.
Com relação à reinvindicação dos pais de alunos da escola, a Vigilância Epidemiológica esclareceu que já tomou todas as medidas necessárias de acordo com os protocolos recomendados pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde, para os casos suspeitos de doença meningocócica ou meningococemia, com a realização de quimioprofilaxia (administração de antibiótico específico para os contatos íntimos e prolongados para eliminação dos focos de infecção).
As medidas preventivas tiveram início na quinta-feira, 23/8, um dia após o óbito, quando uma equipe da Unidade Básica de Saúde Presidente Dutra, juntamente com a Vigilância Epidemiológica da Região de Saúde, realizou a primeira visita na escola, para solicitar a autorização dos pais e responsáveis para administrar a medicação.
Ainda de acordo com a Saúde, na sexta-feira, 24/8, os alunos da sala onde garoto estudava foram medicados com a primeira dose do antibiótico, bem como levaram as doses subsequentes.