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Morte de macacos põe cidades do interior de SP em alerta contra febre amarela

Em pleno feriado desta quinta-feira, 12, equipes das pastas de saúde de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista, no interior de São Paulo, estavam mobilizadas para vacinar a população contra a febre amarela.

Além de estar disponível nas unidades básicas de saúde, a vacina era levada para áreas rurais, à casa das famílias ainda não imunizadas.

Um aumento no número de casos positivos de macacos mortos com a doença colocou em alerta a Secretaria de Saúde do Estado. Em vários municípios do interior, a vacinação contra a doença foi retomada ou reforçada.

Em Jundiaí, este ano, dez macacos encontrados mortos tiveram a causa confirmada como a febre amarela. Outros 36 ainda aguardam o resultado de exames. Ao todo, 101 macacos foram achados mortos no município entre o ano passado e este. Não houve casos da doença em humanos, mas a circulação do vírus preocupa.

O maior número de mortes aconteceu no bairro Currupira, na zona rural, onde as equipes estão fazendo a vacinação de casa em casa. Ao total, em Jundiaí, 80 mil pessoas foram vacinadas contra a doença. Quem não recebeu a vacina está sendo convocado a comparecer na unidade básica de saúde mais próxima.

Em razão do risco de febre amarela, a Festa das Crianças, nesta quinta-feira, 12, prevista inicialmente para ser realizada no Parque Currupira, no bairro onde os macacos morreram, foi transferida para o Parque da Uva, próximo da região central.

Em Louveira, 21 macacos foram mortos pelo vírus da febre amarela este ano. Equipes fizeram a vacinação nos bairros rurais que registraram morte. Na área urbana, a vacina está disponível em unidades de saúde. Em Ribeirão Preto, ao menos 113 macacos foram achados mortos este ano e a causa mais provável é a febre amarela. Postos oferecem a vacina de forma permanente.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, 1.354 macacos morreram este ano, com suspeita da doença, em 167 municípios – em 21 foi confirmada a circulação do vírus, constatado em 197 animais mortos. As mortes tinham praticamente cessado a partir de maio, mas voltaram a acontecer desde o início de setembro, principalmente na região de Campinas, onde já foram constatados 188 casos. O ressurgimento de casos levou à retomada na vacinação.

Em humanos, de janeiro à primeira quinzena de outubro, foram 129 casos suspeitos e 50 confirmados, segundo a pasta. Desses, 21 são autóctones e 29 importados. Nove casos autóctones evoluíram para óbito. Há ainda sete mortes em investigação. Dos importados, seis foram a óbito, totalizando 15 mortes no Estado.

O município de Amparo lidera o ranking com cinco casos e três óbitos. Monte Alegre do Sul teve quatro casos e um óbito. Américo Brasiliense teve dois casos autóctones e uma morte.

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