A morte de Keith Emerson, 71, tecladista extravagante pioneiro no uso de sintetizadores no rock, anunciada nesta sexta-feira, 11, está sendo investigada como suicídio, declarou o porta-voz da polícia de Santa Monica, Erika Aklufi.
Emerson morreu com um tiro na cabeça, na noite de quinta-feira, 9, em sua residência na cidade de Los Angeles, informou a polícia. Sua namorada, Mari Kawaguchi, foi quem avisou as autoridades.
“Keith era uma alma gentil, cujo amor pela música e paixão por sua atuação como tecladista não terá comparação nos próximos anos”, disse Carl Palmer, percussionista do grupo, em um comunicado. “Foi um pioneiro e um inovador, cujo gênio musical influenciou a todos nos mundos do rock, da música e do jazz”, afirmou.
Inspirado na teatralidade da guitarra elétrica de Jimi Hendrix, Emerson criou um novo tipo de espetáculo com os teclados, atacando as teclas com facas, e o órgão ao contrário, com enorme instrumento suspenso sobre ele.
Estudou piano clássico quando menino na Inglaterra, e, com o tempo, tocou o órgão Hammond e, depois, foi atraído pelo jazz. Mas sua carreira, assim como a trajetória do rock, mudou quando ele ouviu o influente álbum de 1968 “Switched-On Bach”, do compositor então conhecido como Walter Carlos, que tocava peças clássicas com um sintetizador Moog.
Os primeiros sintetizadores analógicos, assim chamados por seu criador, Robert Moog, conquistaram seu espaço na música popular. Sua aparição mais notável foi no álbum “Abbey Road”, dos Beatles, em 1969. Mas Emerson é considerado o primeiro a transformar o sintetizador no instrumento central do rock.
Após o fim da banda The Nice, em 1970, o tecladista se uniu a Palmer e ao cantor e guitarrista Greg Lake para formar o Emerson, Lake and Palmer (ELP), que se tornou uma importante força do rock progressivo nos anos 1970.