A pandemia complicou o trabalho em todos os setores da sociedade. Na cultura, teatros e salas de cinema e concertos fecharam, shows foram cancelados ou adiados, exposições interrompidas. Em meio a um movimento de reabertura, algumas atividades tentam alternativas para retomar o funcionamento. Foi o que aconteceu com o CCBB – Centro Cultura Banco do Brasil, em São Paulo, que traz de volta a retrospectiva com filmes de Federico Fellini, que terá sessões presenciais, de 6 a 18 de janeiro.
Fellini, il Maestro foi preparada para homenagear o centenário do cineasta italiano, que foi comemorado no ao passado. Com curadoria de Paulo Ricardo Gonçalves de Almeida, mostra conta com 12 títulos do diretor italiano. O primeiro filme a ser exibido, na quarta-feira, 6, será A Voz da Lua.
Nascido em 20 de janeiro de 1920, na cidade de Rimini, Federico Fellini partiu ainda jovem para Roma, onde trabalhou como jornalista. Ao entrar em contato com o mundo das artes, iniciou sua trajetória cinematográfica. Em 1952 lança Abismo de Um Sonho, primeiro filme que assina a direção sozinho.
Com outras obras foi premiado em diversos festivais. Os Boas-Vidas (1953) ganhou o Leão de Prata no Festival de Veneza, A Estrada da Vida (1954), vencedor do Oscar de filme internacional, prêmio também destinado a Noites de Cabíria (1957) e a 8 1/2 (1963). Em 1993 foi homenageado pela Academia do Oscar pelo conjunto da obra.
Vencedor da Palma de Ouro, no Festival de Cannes, A Doce Vida (1960) é um filme que marcou toda uma geração, influenciando outros nomes da indústria cinematográfica. É nele que está uma das cenas mais icônicas do cinema, quando Anita Ekberg entra na Fontana di Trevi com Marcello Mastroianni.
Em 1943, Fellini se casa com Giulietta Masina, pareceria que seria transposta para as telas, com a atriz participando de seus filmes, como Julieta dos Espíritos (1967), o primeiro do italiano feito em cores. O cineasta morreu, em 1993, aos 73 anos, e sua mulher, alguns meses depois.