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Motociclista morto na Marginal pode ter fugido por problemas na documentação

O motociclista que morreu na Marginal Pinheiros (zona sul de São Paulo) após fugir de um cerco da PM não tinha passagem pela polícia e sua moto não era roubada. O rapaz, porém, tinha pendências com a documentação do veículo, o que deve ter motivado sua fuga.

A Polícia Militar havia montado nesta terça-feira, 6, uma blitz na Avenida Jornalista Roberto Marinho, no Brooklin, zona sul. O vigilante Marcelo Jesus da Silva, de 30 anos, que trabalhava no Condomínio Mustique, no mesmo bairro, furou o bloqueio às 18h.

Os PMs começaram a persegui-lo. Silva entrou na Marginal, em sentido contrário ao fluxo dos veículos, na altura da Ponte Octavio Frias de Oliveira. Os PMs acompanharam Silva pelo acostamento.

O motociclista percorreu cerca de 6 quilômetros até bater nas duas motos. Ele foi lançado na frente de um Citröen C3, que ficou amassado. Quando os PMs o alcançaram, o motociclista ainda respirava, mas com dificuldade. Segundo os policiais, um médico que estava no local analisou o acidentado e disse que a morte foi causada pelo forte impacto no tórax, uma vez que não havia nenhuma perfuração em Silva.

Luiz Fernando Elias Felipe, condutor de uma das motos atingidas, foi socorrido pelo helicóptero Águia da PM. Em estado grave, ele foi levado ao Hospital das Clínicas, em Pinheiros, zona oeste.

O casal que ocupava a outra motocicleta, Douglas Castro de Oliveira e Ingrid Correa Santino, teve ferimentos leves e foi encaminhado para o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), no Butantã, na zona oeste.

Susto

Até as 21h, a Marginal permanecia bloqueada. A motorista do Citroën C3, a funcionária pública Marisa Martins Rosa da Silva, de 52 anos, permanecia no local do acidente. Ela afirmou que estava voltando do trabalho pelo caminho de sempre, usando uma das faixas do meio da Marginal, quando viu uma moto na contramão, que bateu na moto à frente.

“O homem bateu no meu carro e voou, foi muito de repente. Parei o carro na hora, fiquei estática, chocada. Eu nunca tinha visto um negócio desses, só na televisão. E espero não ver nunca mais”, afirmou Marisa, que não quis sair do carro depois da ocorrência. “Não gosto de ver essas coisas, acidentes, fico mal”, disse.

Representante do Grupo GP Segurança Patrimonial, onde trabalhava Silva, Ricardo Rocha Ferreira não entendeu o motivo da fuga do funcionário. “Agora, vamos ver com os colegas de trabalho dele (Silva) se ele estava em uma semana ruim. Até agora o que sabemos é que a documentação estava atrasada, o que acontece com milhares de pessoas e não seria motivo para fugir”, afirmou.

A perícia chegou por volta das 20h ao local do acidente. O caso será investigado pelo 89.º Distrito Policial (Portal do Morumbi), na zona sul da capital paulista.

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