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Motorista de ônibus diz que ciclista fez curva repentina

O motorista de ônibus Silvio Ricardo de Carvalho, de 51 anos, envolvido no acidente que matou, nesta segunda-feira, 27, um ciclista na Avenida Paulista, disse que o condutor da bicicleta, Marlon Moreira de Castro, de 35, fez uma conversão repentina à esquerda na Paulista, rumo à Rua da Consolação, quando o sinal já estava aberto para o ônibus.

O coletivo seguia no sentido Jardins da Brigadeiro. O homem na bicicleta vinha na direção oposta. A versão do condutor é semelhante à apresentada pela Polícia Civil, baseada nos relatos testemunhais feitos aos agentes da Polícia Militar que atenderam a ocorrência.

“Como ele estava no meio dos carros, ele fez o retorno no sentido Consolação (da Paulista) e aí bateu no ônibus. Não deu pra ver direito porque ele surgiu de repente. Quando eu vi já tinha batido. Fiz de tudo para não passar por cima, ele saiu rolando, levantou, mas aí depois ficou desacordado”, disse Carvalho.

O condutor tem 19 anos de experiência como motorista na Viação Gatusa. Ele conta que, nesse período, nunca se envolveu em acidentes. Carvalho afirma que desceu rápido do ônibus e tentou ajudar o ciclista, que era entregador de uma empresa de delivery. Paramédicos que estavam passando pelo local participaram do socorro e a ambulância, relata Carvalho, não demorou para chegar. O Corpo de Bombeiros deslocou quatro viaturas para o local.

“Eu jamais esperava uma coisa dessas, foi uma coisa, assim, de segundos. Nunca tive nenhum acidente.” Carvalho prestou depoimento no 78.° Distrito Policial (Jardins), que investiga o caso. Ele foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Funcionários da empresa em que Castro trabalhava estiveram à tarde na delegacia, onde recolheram a bicicleta da vítima, mas não quiseram falar com a reportagem.

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