Motoristas, fiscais e cobradores de ônibus da região metropolitana do Recife voltaram a parar suas atividades na manhã desta sexta-feira, 22, depois que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) suspendeu o reajuste salarial de 10% concedido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PE) em 30 de julho depois de três dias de greve.
O ministro do TST Barros Levenhagen acatou pedido liminar do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) sob o argumento que o reajuste ficou fora dos limites do poder normativo da Justiça do Trabalho.
O TST determinou aumento de 6% para os salários e para o vale alimentação. Os trabalhadores reivindicavam 10% de reajuste e aumento do vale alimentação de R$ 171,00 para R$ 320,00. A classe patronal ofereceu 5% de aumento linear para salários e refeição. Com o impasse, o TRT-PE julgou o dissídio coletivo concedendo os 10% e vale refeição de R$ 300,00 – agora suspensos. o aumento decidido em dissídio ainda não havia sido recebido pelos trabalhadores, que têm salário inicial de R$ 1.605,00 (motoristas) e R$ 738,00 (cobradores).
Ônibus incendiados
Trânsito interrompido no km 60 da BR-101, no município metropolitano de Paulista, e muita dificuldade de locomoção foram alguns dos efeitos, na manhã desta sexta-feira, 22, com a greve dos motoristas e cobradores de ônibus em protesto pela decisão do TST que suspendeu aumento salarial de 10% concedido em dissídio coletivo pelo TRT-PE.
Um ônibus também foi incendiado no terminal integrado de passageiros da Macaxeira, na zona norte do Recife. Os bombeiros controlaram o fogo e não há informações sobre feridos.
Parte dos 18 terminais integrados de passageiros da região metropolitana está fechada pelos trabalhadores. Ainda não há balanço oficial de quantos não estão atendendo os usuários. São dois milhões de passageiros que dispõem de 3 mil ônibus em 394 linhas.