O líder do governo, André Moura (PSC-SE), afirmou que mesmo com as modificações do projeto da renegociação da dívida dos Estados seria “impossível” atender a todos os pedidos dos líderes, mas que a adequação feita hoje é a que “chegou mais perto” das solicitações. A equipe econômica do presidente Michel Temer recuou e aceitou fazer diversas modificações na matéria para buscar o consenso entre os deputados e aprovar o projeto esta semana. Mais cedo, Moura se reuniu com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e com o relator do projeto, deputado Esperidião Amin (PP-SC), para acertar as alterações.
O líder do governo reiterou que o parecer não é definitivo e terá que ser analisado pelos deputados durante as discussões no plenário. A expectativa do Planalto é aprovar a matéria nesta terça-feira, 2, porém, devido ao baixo quórum decorrente do período campanha eleitoral, aliados de Temer já trabalham a possibilidade de haver um adiamento para o início da semana que vem. Segundo Moura, foi incluído no novo texto um tempo de adequação de dez anos para os governadores. Outra mudança, atendendo um dos pedidos dos militares, os policiais militares poderão fazer concursos nos próximos anos, se houver necessidade.
Na noite desta segunda-feira, 1, Amin leu o encaminhamento do governo sobre o tema no plenário, em seguida o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mais encerrou a sessão para que parlamentares possam estudar o texto. Já há uma nova sessão extraordinária para a análise da matéria amanhã, a partir das 9 horas. Além do baixo quórum, outro fator que pode provocar o adiamento da análise é a sessão do Congresso, que inicia às 19 horas.