O presidente em exercício, Hamilton Mourão, comentou que a informação de que um avião russo pousou em Caracas, pode ser um sinal de que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e apoiadores de seu governo estejam se preparando para deixar o País. “É preciso assegurar uma saída para Maduro”, declarou Mourão, que tem defendido a necessidade de haver uma válvula de escape para Maduro, provavelmente em países que o apoiam, como Cuba, Nicarágua ou Rússia.
Sobre a decisão do procurador-geral da Venezuela que, nesta terça-feira, pediu ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), de maioria governista, que inicie uma investigação preliminar sobre o autoproclamado presidente interino e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, além de ter congelado as contas do líder da oposição e proibido sua saída do país, Mourão declarou: “Vamos aguardar a extensão disso aí”.
Ao ser questionado se essa não foi uma medida extrema do governo venezuelano, o presidente em exercício emendou: “Maduro está lutando pela sobrevivência dele. Temos de aguardar como vai terminar esse caso. Tem de assegurar uma saída pra Maduro.
“Hoje pousou um avião russo lá, vazio. Pode ser que esteja retirando gente já”.
A resistência de Maduro e a queda de braço com Guaidó preocupa o governo brasileiro que, no entanto, comemorou a evolução do apoio ao presidente da Assembleia, no fim de semana, quando, a União Europeia reiterou a legitimidade da Assembleia Nacional da Venezuela, embora não tenha reconhecido Juan Guaidó como presidente interino.
O bloco europeu defendeu também que só “eleições livres e justas” acabariam com a crise política e humanitária Venezuelana. Os líderes europeus não reconheceram o novo mandato de Nicolás Maduro; afirmaram que a votação desrespeitou as normas democráticas.