Após participar de reunião da VI Sessão Plenária da Cosban, a Comissão Sino-brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) reconheceu que os ataques de integrantes do governo à China podem causar ruídos na relação com o principal parceiro comercial do País. Por outro lado, o general minimizou os impactos das declarações: "isso faz parte", disse, nesta segunda-feira, 23.
"A questão do nosso relacionamento do Brasil e China é um relacionamento que vem se desenvolvendo no mais alto nível. De vez em quando sai algum ruído. Isso faz parte", declarou o vice-presidente em coletiva de imprensa.
<b>Vacinas contra covid</b>
O envio de insumos para a produção de vacinas contra a covid-19 ao Brasil no auge da pandemia foi atrasado após ataques do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) à China. O chefe do Executivo, seus filhos e apoiadores mais próximos chegaram a culpar o país asiático pelo surgimento do novo coronavírus, o que gerou reação em Pequim.
A Cosban é o principal mecanismo bilateral entre Brasil e China e sempre liderada pelos vice-presidentes de parte a parte. O encontro desta segunda-feira, o único desde 2019, aconteceu de modo virtual devido à política de covid zero adotada por Pequim.