Noticia-geral

Movimentos sociais dizem que não reconhecerão governo Temer

Com o afastamento da presidente Dilma Rousseff, aprovado na manhã desta quinta-feira, 12, pelo plenário do Senado Federal, diversos movimentos sociais mudaram seu posicionamento a respeito da atual situação do País. Agora, ao invés de lutar contra o processo de impeachment, as organizações passarão a questionar a legitimidade do governo Michel Temer (PMDB).

A Frente Brasil Popular, conjunto de organizações populares, partidos políticos de esquerda e centrais sindicais, através de sua assessoria de imprensa, diz que “não reconhecerá um governo ilegítimo”. Além disso, a FBP afirma que os diretórios locais possuem total liberdade para planejarem seus atos, mas uma estratégia de oposição a longo prazo só deverá começar a ser traçada no dia 21, data em que o movimento realizará sua plenária nacional, em São Paulo.

Para Carmem Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o dia representa um momento de tristeza, mas não significa desistência. “Nós não reconheceremos esse governo. Estaremos atentos a todas as publicações e atos de Temer pra analisar. A CUT não dará trégua.”

Em comunicado, a União Nacional dos Estudantes (UNE) também foi na mesma linha e informou que não dará legitimidade ao mandato do presidente interino e intensificará as suas lutas, mantendo a sua posição histórica de defender a democracia. A UNE ressaltou ainda a coalizão que surgiu no momento de combate ao impedimento da petista.

Alguns protestos, contudo, já começam a ser marcados através das redes sociais. Liderados pela Frente Povo Sem Medo e pela FBP, eles acontecerão em diversas capitais do País, como João Pessoa, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Brasília. Em São Paulo, os movimentos planejam um ato, cujo evento online já conta com mais de 50 mil convidados, na frente ao MASP, que teve início às 17h de hoje.

Posso ajudar?