O Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Justiça a decretação da prisão preventiva de 10 supostos membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). A acusação é de que o bando idealizou e executou o assassinato do sargento da Polícia Militar Arnaldo Francisco de Brito, morto a tiros no dia 14 de junho deste ano no interior de São Paulo. Os pedidos de prisão integram a denúncia oferecida contra os homens por homicídio qualificado.
De acordo com a investigação de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o policial foi executado para vingar a morte de um integrante da facção, que havia sido morto em confronto com o Agrupamento Tático da PM, o qual Brito fazia parte. A tese já era investigada pela Polícia Civil.
A denúncia contra todos os 10 acusados foi apresentada no início desta semana à Justiça. O sargento de 44 anos foi atingido por 13 tiros enquanto estava de folga em Piracicaba, no interior de São Paulo. Um suposto integrante do PCC, Reinaldo Cirino Franco, o “Pedreiro”, havia sido morto em troca de tiros com a PM dois dias antes do ataque ao policial.
Para o Gaeco, a ordem de matar o sargento partiu de Adalberto Salomão Rodrigues, o “Dalbé” ou “Irmão Bruno”, e Gláucio Rogério Onishi Serinoli, o “Japonês”. O crime teria sido executado por Francisco Fabiano Piazza, o “FB”, que surpreendeu o policial em uma lanchonete. Na fuga, ele recebeu apoio em uma motocicleta pilotada por Antonio Mariano da Silva Filho, o “Mineiro”.
Cerca de um mês após o crime, Francisco Fabiano Piazza foi morto em Brotas, no interior paulista. Piazza respondia a uma ação penal por homicídio qualificado e era processado por porte de drogas. Ele estava com prisão temporária expedida pela Justiça e reagiu à abordagem policial.
O MP ofereceu denúncia contra Adalberto Salomão Rodrigues; Gláucio Rogério Onishi Serinoli; Celso Eder de Alcântara, conhecido como “Veloster”; Wellington Rodrigo Sápia, o “Branco” ou “Saiadinho”; Cipriano Romualdo de Almeida, o “Baby” ou “Negão”; Carlos Fernando da Silva Venâncio, o “Buiu”; Antonio Mariano da Silva Filho, o “Mineiro”; Mauriki Raoilson Vivaldo da Silva, o “Branco”; Antonio Jardel Simão dos Santos; e Ademar Garcia Arrabal, conhecido como “Fininho” ou “Demá”.
Os 10 foram denunciados por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e por integrarem a organização criminosa. Além deles, Alan Felipe Souza de Oliveira, o “Esquerda”, “Quebrada” ou “Dênis”, também foi denunciado por supostamente integrar a facção.