Dezessete dias depois que as promotoras de Justiça Simone Sibílio e Letícia Emile entregaram os cargos na força-tarefa do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) que investiga os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, o MP-RJ anunciou nesta segunda-feira, 26, os nomes dos novos integrantes desse grupo especializado.
A coordenação ficará a cargo de Bruno Gangoni, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e que na semana passada havia sido designado para assumir temporariamente a força-tarefa. Os demais integrantes da força-tarefa são os promotores de Justiça Roberta Laplace, Fabiano Cossermelli, Diogo Erthal, Juliana Pompeu, Michel Queiroz Zoucas, Marcelo Winter e Carlos Eugênio Laureano, todos na condição de assistentes.
"Reforço o compromisso do MP-RJ com toda a sociedade e com os familiares das vítimas de que a instituição está empenhada na elucidação do caso. Para isso criamos a Força-Tarefa, em março deste ano, e agora estamos ampliando o efetivo para oito promotores de Justiça focados na investigação. Estaremos com uma grande frente de trabalho, reunindo promotores especializados, dedicados à continuidade das investigações, para a identificação dos eventuais mandantes dos crimes. Reafirmo que a elucidação completa deste caso é uma das prioridades absolutas do MP-RJ", afirmou o procurador-geral. Desde que iniciou seu mandato, em janeiro deste ano, Mattos criou diversas forças-tarefas em temas que demandam atuação especializada.
Mattos afirmou que, com a nova composição da força-tarefa dedicada ao caso Marielle, serão preservados o diálogo e a atenção aos familiares de Marielle e Anderson, bem como às instituições que acompanham o caso, sendo resguardado o sigilo necessário sobre informações que possam comprometer as investigações e o que é determinado legal ou judicialmente.
A vereadora do Rio de Janeiro e seu motorista foram mortos na noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio (região central do Rio). O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Queiroz foram identificados como executores dos assassinatos e estão presos. A investigação tenta identificar o mandante do crime. As promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile acompanhavam a investigação do caso desde setembro de 2018.