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MPL diz que só vai decidir trajeto de protesto em SP na hora

Integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) vão decidir hoje (9), às 17 horas, na concentração na frente do Teatro Municipal, centro de São Paulo, qual será o percurso da passeata. Será o primeiro grande ato contra o reajuste de 16,6% da passagem de transporte público, que, desde terça-feira, custa R$ 3,50.

Vários grupos estão se organizando para concentrações prévias em bairros e cidades vizinhas, para que os manifestantes cheguem juntos ao protesto principal. Já há grupos marcados em Santo André, no ABC, e Osasco, na Grande São Paulo, além do Grajaú, na zona sul. O protesto tinha ontem 45 mil adesões na internet.

A Polícia Militar informou que vai monitorar o evento e que poderá revistar quem se aproximar do local. Um efetivo de 800 policiais deverá participar da ação. Repressão com balas de borracha não está descartada, segundo informou o policiamento. Em nota, o MPL repudiou a tentativa da PM de estabelecer previamente o trajeto, já que o itinerário só será decidido em assembleia no local. O movimento também fará protestos no mesmo horário no Rio e em Minas.

No Rio, o MPL convocou ato para a Cinelândia, a partir das 17 horas, contra o aumento de 13,3% na tarifa dos ônibus concedido pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). A Frente Independente Popular (FIP), que reúne outros movimentos sociais, decidiu se juntar ao grupo, mas criticou o MPL.

“Entendemos que é colaborar com a repressão ficar ao lado dos governistas e não unir a pauta contra o aumento da passagem com a luta pela liberdade de todos os presos políticos. Isso contribui para invisibilizar a luta contra a perseguição política”, diz a FIP em nota divulgada nesta quinta-feira, 8, referindo-se a ativistas que estão presos ou foragidos, sob acusação de planejar atos violentos. “É o governo que está reprimindo e perseguindo os movimentos sociais, que autoriza e garante o aumento das passagens, que coloca o Exército na Maré”, prossegue a FIP.

O MPL não havia se manifestado até o fim da tarde sobre a nota, e manteve a pauta do ato: “Qualquer tarifa é roubo. A luta é por R$2,50 pra baixo! Por uma vida sem catracas e pelo controle popular nos transportes!” No Rio, a passagem subiu de R$ 3,00 para R$ 3,40 no último sábado, 2. O reajuste de 13,3% é questionado na Justiça pelo promotor Rodrigo Terra, por causa da decisão do prefeito de incluir na tarifa custos com gratuidades e com a compra de novos ônibus equipados com ar-condicionado. Esse adicional de R$ 0,20 por passagem não está previsto no contrato com as concessionárias de ônibus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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