O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, afirmou nesta segunda-feira, 23, que "com base no profundo conhecimento e análise dos nossos especialistas em inteligência e armas", o governo britânico considera que a explosão no hospital al-Ahli Arab, em Gaza, foi provavelmente causada por um míssil – ou parte de um – que foi lançado de dentro do território em direção a Israel. A versão é a mesma adotada por autoridades israelenses para explicar a tragédia, que, de acordo com os oficiais de Israel foi causada pelo grupo Jihad Islâmica.
Em discurso no parlamento, Sunak disse que a divulgação incorreta deste incidente teve um efeito negativo na região – incluindo num esforço diplomático vital dos Estados Unidos – e nas tensões internas.
O primeiro-ministro afirmou ainda que há crescentes ataques do Hezbollah na fronteira norte de Israel, aumento das tensões na Cisjordânia e mísseis e drones lançados desde o Iêmen, o que "mostra que alguns estão buscando uma escalada" do conflito. "Ontem à noite, falei com os líderes dos EUA, Alemanha, França, Itália e Canadá. Estamos todos determinados a evitar a escalada", apontou.
Segundo Sunak, o ataque de 7 de outubro foi motivado pelo ódio, mas "também foi impulsionado pelo receio do Hamas de que um novo equilíbrio pudesse emergir no Oriente Médio".
"Nas minhas reuniões com o primeiro-ministro (Benjamin) Netanyahu e o presidente (Issac) Herzog, disse-lhes mais uma vez que estamos resolutamente ao lado de Israel na sua defesa contra o terrorismo", afirmou. "Salientei novamente a necessidade de agir em conformidade com o direito humanitário internacional e de tomar todas as medidas possíveis para evitar danos aos civis", disse Sunak, concluindo que foi "uma mensagem entregue por um amigo próximo e aliado".
E afirmou: "Estamos a fornecendo mais 20 milhões de libras em ajuda humanitária aos civis em Gaza – mais do que duplicando o nosso apoio anterior ao povo palestino."