O meio político ficou em polvorosa na tarde desta terça-feira quando o vice-prefeito Alexandre Zeitune (Rede) espalhou cópias de uma denúncia que fez à Corregedoria da Prefeitura contra o secretário de Finança, Peterson Ruan, alegando que ele teria isentado do pagamento de IPTU uma grande propriedade da família do ex-secretário de Saúde, Roberto Lago. Por se tratar de uma acusação feita por um advogado que esteve dentro da Prefeitura até um mês atrás, era de se esperar que tivesse algum fundamento. Mas não tinha.
Por nada
Rapidamente a “denúncia” chegou a diferentes veículos de comunicação, inclusive os grandes e os responsáveis. Aqueles que sabem fazer jornalismo, por mais que os documentos parecessem bem embasados, respiraram fundo e fizeram o mínimo que pode se esperar de uma imprensa séria: buscaram saber do que se tratava e o que teria a dizer o outro lado. Tanto que emissoras de TV de São Paulo, que chegaram a mandar equipes para Guarulhos, derrubaram a pauta assim que a situação foi esclarecida pela Prefeitura.
Jornachistas a postos
Já palpiteiros de plantão – algo que se prolifera – se apressaram em publicar a denúncia no vazio, seja com insinuações ou mesmo com certo tom de chantagem contra a administração. Outros, que estão se especializando em chutar para qualquer lado, conseguiram até inventar números absurdos, para tornar mais espetacular o “furo” (que não passou de mais um furo n´água”). Os mais cafajestes preferiram não dar nomes aos bois e soltar enigmas para tornar todos suspeitos.
Responsabilização
Nas redes sociais, o show de horrores foi ainda mais marcante. O que teve de gente que pegou o bonde andando e fez comentários absurdos não foi brincadeira. Porém, o que muitos não se atentaram que, apesar da internet parecer ser uma terra de ninguém, todos que fizeram postagens, sejam publicações próprias como comentários em páginas de outros, estão sujeitos ao rigor da lei. Ou seja, podem (e devem) ser responsabilizados por aquilo que expressam.
Para concluir
A Prefeitura divulgou nota oficial mostrando que a verdade é exatamente o oposto do que denunciou o vice. "Apesar de haver decisão em 2ª instância na JRF pelo provimento do acórdão n. 0063/2017, tendo como fundamento a ausência de equipamentos urbanos disponibilizados pelo poder público no imóvel, que cancelou todos OS LANÇAMENTOS DE IPTU de 2002 a 2015, o secretário da Fazenda, Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos, emitiu parecer para que sejam lançados sobre o imóvel todos os IPTUS devidos e não decadentes, de 2012 até o presente ano, divergindo do que fora decidido pela junta, buscando preservar o FISCO municipal e totalmente contrário ao alegado sobre quaisquer isenção TOTAL da dívida".