Uma cidade não é o conjunto de suas obras arquitetônicas, tampouco o volume de recursos que chegam via Fundo de Participação dos Municípios. Uma cidade é o somatório dos habitantes que a compõem, cada um desenvolvendo o que sabe fazer de melhor em prol dos demais cidadãos. Neste último rol, incluem-se aqueles que escolheram a cidade para nascer, viver e/ou trabalhar.
A minha cidade-natal chama-se Guarulhos, e faz parte da Grande São Paulo. Tem 1,3 milhão de seres humanos vivendo em seus 318 k2 de área. De há muito possui a segunda maior economia do estado que a abriga, atrás apenas da capital. Ambas são limítrofes. A distância histórica entre as duas cidades é de apenas seis anos (1554-1560). Hoje, inclusive, comemora-se 454 anos de fundação da ‘terra dos guarus’.
Eu amo Guarulhos, e por isso vou fazer um interessante exercício: o método do professor Hermógenes, grande divulgador da Yoga – “Eu entrego, aceito, confio e agradeço”.
Eu entrego Guarulhos a Deus, a fim de que ilumine todos os homens e mulheres de boa vontade que dedicam a sua melhor energia em favor desta cidade abençoada. Eu aceito Guarulhos como ela é, com suas carências em diversas áreas abrangidas pelas necessidades sociais mas, também, com suas imensas potencialidades econômicas e estratégicas.
Eu confio que o Criador tem importante propósito para todas as suas obras, e com Guarulhos não pode ser diferente. O padre jesuíta Manuel de Paiva foi iluminado a fundar este povoamento, com o objetivo de proteger a São Paulo de Piratininga de possíveis ataques dos índios Tamoios.
Eu agradeço a você, leitor, por ser igualmente um co-fundador desta maravilhosa cidade, contribuindo diariamente para que o progresso seja irmão da solidariedade; que o sorriso e os abraços fraternais sejam rotineiros; que a solicitude tenha presença marcante nas relações cotidianas. Muito obrigado, Guarulhos; muito obrigado, Senhor!
José Augusto Pinheiro, 51, é jornalista nascido na cidade.